segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Alucinando com Björk

O céu é de um tom cinza-escuro, como prestes a derrubar toda a água possível, como se não a derrubasse há muitos meses. O vendaval também anuncia a chuva, varrendo tudo que há pela frente e fazendo esvoaçarem os cascalhos sobre o chão montanhoso. No alto da montanha, os sinos de uma igreja como a de Glastonbury soam violentamente e as irmãs, em seguida da abadessa, choram um canto mórbido.
Cascalhos, folhas, e hábitos ao vento - que se faz cada vez mais forte e avassalador- constituem uma cena amedrontadora, sombria, obscura. Não há pássaros, mas se houvesse seriam corvos. Não há símbolos, mas se houvesse seriam cruzes.
Tudo ao redor é feito de cores opacas, cores mortas, cores escuras. O cinza-negro do céu predomina causando uma forte sensação negativa de estremecimento acompanhado da angústia trazido pelo coro das freiras.
O canto, o tambor, o vento, o cascalho, as folhas, as cores, o cinza, o medo, o frio, o canto, o tambor, o vento, o cascalho, as folhas, as cores, o cinza, o medo, o frio...

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