segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Em sonho...

Andava com amigos pela rua procurando um lugar para passar o tempo. Um deles convida os outros para acompanharmo-lo em uma festa de casamento. Aceitamos todos. Subo até meu apartamento para trocar meu par de tênis por um sapato apropriado para uma cerimônia formal. De lá ouço uma gritaria incomum. Dirijo-me ao corredor do prédio e, ao olhar pela janela, vejo meus amigos num alvoroço sobre um acontecimento absurdo. Desço as escadas num compasso acelerado e por cada andar que passo, olho para a janela e vejo uma enorme esfera no estacionamento do edifício. Ao alcançar o térreo, ouço dizerem que a Lua estava extremamente perto da Terra. Entretanto, ao olhar de perto, vejo que a Lua está, na verdade, estacionada sobre o chão.
A Lua caiu.
Uma agitação incontrolada. As pessoas não sabem se acreditam e, ao mesmo tempo, não tem como duvidar. A imprensa de tão chocada não é capaz de noticiar. Gritos histéricos daqueles que foram os primeiros a descobrirem que o olhar direto para o satélite falecido causa cegueira. Mãos tapam os olhos, gritos enchem as gargantas, Lua caída na Terra.

Colapso

A tensão social existente nos dias de hoje é produto da corrida tecnológica característica da era da informação, também conhecida como era digital. Não há mais limites e os escrúpulos são cada vez menos exigidos na luta por ascensão e evolução econômica. A violência não é apenas uma fatalidade de caráter tirano-opressivo. Esta é um resultado do estresse sob o qual a sociedade contemporânea está submetida.
No contexto socio-econômico onde a disputa por lucro e sucesso, o indivíduo se vê perdido em angústia e nervosismo consequentes do esforço adaptativo. Existe uma exigência de desenvolvimento e evolução social implícita nos modos de vida contemporâneos. Esta exigência causa uma pressão psicológica sobre o sujeito dando origem à intolerância e à brutalidade tão comuns no dia-a-dia.
A violência em si é uma derivação da frustração do homem e portanto origina-se uma necessidade de encontrar mecanismos de escape para dar vazão à ansiedade remoída pelo indivíduo sob pressão. O homem, cego por ira excessiva, retorna às suas raízes irracionais na cadeia evolutiva e passa a expressar seus sentimentos malogrados de forma irascível e incívil.
Para que haja uma detenção para atos violentos na sociedade, o primeiro passo é reconhecer que a violência está contida, em níveis distintos, em todos os que fazem parte deste conjunto e, portanto, a única forma de reduzir a ocorrência da violência em sua forma trágica no cotidiano, é buscando medidas para diminuir a tensão social que pesa sobre os ombros de cada cidadão como, por exemplo, a implantação de terapias como acompanhamento psiquiátrico, tratamentos homeopatas, terapias ocupacionais etc.