quarta-feira, 27 de outubro de 2010

to impress and not to be impressive

Queria ser uma terceira pessoa pra poder ver a mim mesma de um ponto-de-vista diferente. Pra falar a verdade, às vezes eu tento me enxergar de uma outra perspectiva, mas isso só acaba me irritando. Quer dizer, será que é essa a sensação que eu passo? Irritação? Queria saber qual é a impressão que as pessoas tem de mim.
Queria saber, na verdade, por que isso importa.
Talvez importe devido à uma mania que eu tenha desenvolvido de criar rótulos para cada um à minha volta. Não tenho certeza se isso é um hábito mau, não é como se eu estivesse o tempo todo julgando meus colegas, acho que é mais um tipo de necessidade de encaixar o comportamento alheio em diversos padrões que eu mesma crio. E se eu não consigo me encaixar em um padrão, o quão ruim isso pode ser?
Um pouco ruim, até então. Eu tento insistentemente encontrar qualquer tipo de definição para os meus hábitos. Se eventualmente falho, consequentemente me frustro.
Todavia, acabo de notar um padrão ridículo para mim: obsessivo compulsivo.
Essa busca incessante me mostra que eu procuro tão intensamente por respostas que é muito provável que a imagem que eu passo é dessa coisa louca que não consegue simplesmente se aceitar e parar de imaginar.
Ao fim desta brisa insana eu vejo algo pra me definir, mas a sensação não é tão boa. Talvez, só talvez, eu devesse parar.

Viajei, pra variar.
Que bom.