segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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A sociedade contemporânea é um fruto da evolução dinâmica do capitalismo, que trouxe para o homem a ideia de individualismo metodológico. Se antes cada qual lutava por si, a inserção de um regime organizado para assegurar o privilégio de alguns apenas atenuou essa competição. A partir de então, perde-se a noção de individualidade e passa-se a espalhar por toda a sociedade um valor altamente egocêntrico.
Na era da informação é ainda mais evidente a presença do caráter individual, pois a tecnologia não para de desenvolver-se e as fontes de lucros não param de crescer. O mercado é exigente, a competição é gigantesca e as oportunidades são mínimas. Enxerga-se então a teoria darwinista sobre o organicismo, uma vez que o mais desenvolvido sobrevive. Faz-se presente a necessidade de destacar-se, de ser o melhor, o mais inteligente, o mais adaptado.
Desta forma, o ser humano está ofuscado pela sede de desenvolvimento particular e não há mais espaço, na sociedade contemporânea, para o altruísmo. Não se trata de uma questão de avidez por lucro, mas sim de sobrevivência.
O homem hoje em dia está preocupado demais em aprimorar seus aspectos qualitativos para a obtenção de progresso pessoal que mal sobra tempo ou vontade para lembrar-se de que há uma infinidade de semelhantes no mundo afora que também passam por dificuldades e são tão carentes de compreensão quanto ele próprio.

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